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domingo, 3 de abril de 2011
Pardal numa gaiola
Sempre ouvi dizer que um pardal numa gaiola morre em pouco tempo. Sempre ouvi que o canto do pardal em liberdade desaparece assim que é posto em cativeiro. Pardal não foi feito para 4 paredes. E o meu avô é como um pardal. Um homem que esteve 92 anos na mesma terra, habituado a viver no campo, para o campo e com o campo não foi feito (e nem merece) estar fechado num apartamento. Sempre disse que se o mantivéssemos mais tempo fechado ia acabar por morrer (ou ir morrendo). Espero que ainda tenha ido a tempo para a terrinha dele. Ao que parece, aquele olhar triste desapareceu assim que lá chegou. A vontade era tanta que até as dores das pernas parecem ter diminuido!!! Parece que o meu pardal vai continuar a cantar. E se tiver que morrer (é inevitável... já são quase 93 anos) que seja onde se sente feliz, onde vôa e canta livremente. Um beijo muito grande meu querido avozinho.
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Pelo menos sente-se feliz. E em qualquer idade a felicidade mantém-nos vivos :)
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